sexta-feira, 28 de março de 2014

Pesquisa Se você fosse a CAPES - Resultados

Com 64 respostas, resolvi divulgar os resultados da pesquisa que comecei outro dia. Se mais pessoas responderem (+100) depois posso atualizar, se for o caso. Vou colocar a minha opinião em itálico (como prometido) conforme for colocando as respostas. 


Você acha que o GRE deveria ser exigido para todos os candidatos do Ciência sem Fronteiras (desconsiderando a nota)?

  • Sim: 39 (60,93%) - Acredito que deva ser necessário para todos.
  • Não: 25 (39,06%)
Você acha que o GRE deveria ser exigido para todos os candidatos do Ciência sem Fronteiras com uma nota de corte específica?
  • Sim: 28 (43,75%) - Acredito que deva ser necessário para todos.
  • Não: 36 (56,25%)
Ou seja, a maioria acha que o GRE deveria ser obrigatório mas não com uma nota de corte específica. 

Se sim, qual a nota que você recomendaria para o Quantitative Reasoning? (para quem deu a nota em % eu transformei na nota correspondente ao percentile, não sei se foi o que a pessoa quis dizer)
  • Média: 152,9 (quase igual)
  • Mínimo: 140
  • Máximo: 160
  • Minha opinião: Acredito que pediria uma nota equivalente ao 50th percentile. 
Se sim, qual a nota que você recomendaria para o Verbal Reasoning? (para quem deu a nota em % eu transformei na nota correspondente ao percentile, não sei se foi o que a pessoa quis dizer)
  • Média: 151,47
  • Mínimo: 140 
  • Máximo: 160
  • Minha opinião: Acredito que pediria uma nota equivalente ao 50th percentile. 
Se sim, qual a nota que você recomendaria para o Analytical Writing? (para quem deu a nota em % eu transformei na nota correspondente ao percentile, não sei se foi o que a pessoa quis dizer)
  • Média: 3,24
  • Mínimo: 2
  • Máximo: 5
  • Minha opinião: Acredito que pediria uma nota equivalente ao 25th percentile. 
Percebe-se que que as médias obtidas foram bem próximas das exigidas no edital. Algumas pessoas foram até que bem rigorosas, colocando notas bem altas como requisitos (como 160) e não, não foi só uma pessoa. Outras respostas comuns foram 150 e 155. 

Se não, você acha que não deveria ser exigido para ninguém ou só para aqueles cujos cursos não pedem o GRE?
  • Todos: 22 (43,13%)
  • Só para aqueles cujos cursos não exigem o GRE: 29 (56,86%)
Para quais áreas você acham que eles não deveriam exigir o GRE? Algumas respostas foram:
  • Nenhuma;
  • As que a maioria dos cursos não pedem, como Indústria Criativa e Biológicas;
  • Todas;
  • Design, Audiovisual, etc;
  • Qualquer uma que o GRE não seja pré-requisito;
  • Humanas;
  • Biológicas;
  • Saúde;
  • Engenharia;
  • Não acho que é uma questão de área, até porque nem a parte matemática avalia o conhecimento matemático de uma pessoa - e sim sua capacidade de resolver exercícios rápido. Acho que é algo que deveria ser resolvido com a universidade de pretensão, ou seja, o candidato deveria pesquisar se sua universidade de pretensão exige o GRE e, aí então, fazê-lo se necessário. Claro, a CAPES teria que ter um sistema compatível com essa forma de seleção.
Ou seja, as opiniões abrangem a maioria das áreas: indústria criativa, humanas, biológicas, engenharia, saúde.

Por que motivo você acha que a CAPES exige o GRE?
  • Pois a maioria das universidades americanas pedem: 20 (33,33%)
  • Para uma seleção interna da própria CAPES: 11 (18,33%)
  • Por uma exigência das universidades americanas E para uma seleção interna: 23 (38,33%) - Acredito que seja pelos dois motivos. 
  • Outros: 6 (10%)
    • Não sei; 
    • Por não terem critérios concretos. Sempre generalizarem as áreas em detrimento das outras tomando com base as exatas;
    • Para ser um diferencial na seleção;
    • Para aumentar o número de bolsas concedidas à área tecnológica;
    • Sacanagem mesmo;
    • Imparcialidade. - Achei uma resposta interessante e creio que seja possível também. 
Este resultado me impressionou pois imaginava que a maioria das pessoas considerassem o GRE como apenas uma prova necessária para as universidades americanas mas muitas pessoas consideraram como algo importante também para a seleção interna da CAPES.

Se quiser fazer comentários, ai fica um espaço! Gostei muitos das opiniões, no geral. 
  • É importante ter algum tipo de parâmetro para filtrar candidatos e agilizar o processo. Testes padronizados são relativamente fáceis de se dominar, e portanto um candidato minimamente preparado deveria ser capaz de atingir notas mínimas. - Concordo. 
  • É um exame caro, seria injusto a aplicação simplesmente ficar mais cara dependendo do curso. Se existisse um exame equivalente, tudo bem.
  • Acho que o GRE é uma barreira para muitos alunos de várias áreas, principalmente os candidatos internacionais. Definitivamente não mede a capacidade do estudante acompanhar o curso. Além disso é um teste muito caro e ter que pagar o preço cheio para cada tentativa é um absurdo.
  • Deveriam pensar em outro método para seleção de candidatos. Nem dá pra resolver as questões em 1 minuto.
  • Acho que o GRE é utilizado pra entrada no nível graduate nos EUA. Acho que deveria ser cobrado sem nenhuma nota de corte específica, mas pra uma forma classificatória entre a CAPES.
  • Deveria haver uma divisão por área de estudo, onde a CAPES indicasse a média mínima aceita pelas Universidades, e orientando o candidato a tirar a maior nota possível, pois isto influenciaria na sua aceitação por parte da Universidade. Enfim, o corte pela nota não deveria ficar a critério da CAPES, mas sim pelo application da Universidade.
  • Para não ter qualquer zé fazendo mestrado as custas do governo.
  • O problema é que pela sigla GRE ser genérica para todos os alunos graduados, a CAPES não pensou em fazer uma distinção. Ele não deveria ser obrigatórios para cursos os quais as universidades não o exigem, no máximo apenas para critério de desempate.
  • Na minha opinião eles deveriam analisar melhor essa exigência, pois prejudica muitos candidatos competentes. e que não tem intimidade e agilidade para resolverem questões de matemática.
  • A seleção deve ser criteriosa para evitar mandar alunos fracos para fora. Existem excelentes cursos nacionais e se o aluno ainda não está pronto para obter tais notas, ele pode se preparar ou realizar um curso no Brasil. Gastar o dinheiro do contribuinte somente para alunos bem acima da média.
O que acham? Os resultados surpreenderam?




quarta-feira, 26 de março de 2014

A Polêmica do GRE no Ciência sem Fronteiras

Existe uma grande polêmica ultimamente sobre a exigência da CAPES de que todos os candidatos a mestrado profissional (EUA) devem apresentar o GRE com as seguintes notas:
  • Quantitative Reasoning: 153
  • Verbal Reasoning: - 
  • Analytical Writing: 3.0
Mas, será que eles tem alguma razão ou não? Se você fosse a CAPES, o que você faria? Quais notas você exigiria dos candidatos? Quais exigências você criaria para te ajudar na seleção de candidatos para o mestrado profissional (EUA)? 

No próximo post eu falo o que eu faria e o que a maioria das pessoas respondeu. 


quinta-feira, 20 de março de 2014

Ciência sem Fronteiras - Mestrado Profissional - Críticas

Sempre acompanho as notícias do Mestrado Profissional (EUA) do Ciência sem Fronteiras pois penso em tentar ano que vem. Minha maior preocupação com esse edital foi confirmada hoje quando algumas pessoas receberam do IIE uma lista de possíveis universidades que poderiam tentar uma vaga.

Como o edital está "atrasado" em relação às universidades americanas, muitas já não tem mais vagas ou seus processos seletivos já não estão mais abertos. O problema disso é que limita muito a chance de um aluno entrar em uma universidade boa e é o que mais me preocupa em tentar o próximo edital. Imagina gastar todo o dinheiro que o processo exige (provas, traduções juramentadas, etc) e ai conseguir uma vaga apenas em um curso ruim? 

Acredito que o governo deveria estabelecer uma lista de universidades aceitáveis pois é um investimento alto por aluno (não sei exatamente mas acredito que mais de US$100.000). No caso do mestrado em saúde pública existem ótimos cursos no Brasil como o da Escola Nacional de Saúde Pública. Quem sabe fosse melhor investir em mais bolsas para esse programa ou aumentar o valor das bolsas (pois morar no Rio é bem caro)? 

O CsF Mestrado Profissional ainda existiria para cursos bons no exterior como é o caso do mestrado em Saúde Pública da Columbia ou Johns Hopkins por exemplo, ou para cursos que de fato não existem no Brasil (mas ainda assim, só aqueles em universidades boas ou que sejam destaque em suas áreas).

Acho o Ciência sem Fronteiras um ótimo programa mas não acho certo gastar tanto dinheiro público para que o aluno tenha uma formação inferior no exterior. Bom, caso o próximo edital venha mais cedo talvez esse problema não exista mais, ou diminua ao menos, pois ainda haverão vagas nas melhores universidades. 

O que acham disso? Continuar pagando para alunos estudarem em cursos não tão bons no exterior ou investir nos cursos nacionais? Será que a experiência no exterior compensa mesmo assim? Será que o problema mesmo são as datas dos processos ou será outro?

domingo, 16 de março de 2014

Vulcão Irazú

Exatamente uma semana atrás fui passear. Paguei um tour para visitar o vulcão Irazú (o mais alto vulcão ativo da Costa Rica) e alguns outros lugares (que eventualmente vou escrever sobre). Confesso que visitar um vulcão foi bem diferente do que eu esperava, e provavelmente o que eu esperava era na verdade uma ilusão. Claro que eu sabia que eu não iria ver um vulcão soltando uma gosma vermelha por todos os lados e as pessoas do outro lado de uma cerca olhando, mas algo que pelo menos parecia um vulcão? 

Acho que todas as fotos do vulcão com o lago verde (foto acima) me fizeram acreditar que era isso que eu iria ver, e era isso que eu esperava. Alias, quando eu era menor eu tinha a impressão que o líquido verde na verdade era a lava que em contato com o oxigênio ficava verde e que nos filmes eles só faziam ela vermelha para parecer fogo. Que imaginação. 

Na verdade, o lago secou tem mais ou menos 3 anos. Dessa forma, tudo que é possível ver é a cratera. Mas... mas... nem por isso o passeio deixou de ser legal. E agora vou "começar do começo". 

A subida para o vulcão é enorme e ver pessoas subindo de bicicleta impressiona qualquer um. Aquela história que fica mais complicado respirar em altas altitudes (no caso do Irazú são 3.432m) é verdade, ou pelo menos foi para o meu psicológico. Imagina pedalar cerca de 40km (da base até o topo) nestas condições? O bom deve ser parar no caminho para ver todos os detalhes, mas para quem vai de carro próprio isso é possível também. Com certeza minha mãe ia adorar parar em todas as barraquinhas com frutas locais que existem no caminho, e eu adoraria parar no Sanatorio Durán. O Sanatório Durán foi fundado em 1918 para tratar pessoas com tuberculose e fechou quando a mortalidade por tuberculose começou a diminuir. Hoje em dia é possível pagar uma pequena taxa para visitar o local e, de acordo com o nosso guia, é um dos principais locais na Costa Rica para investigações paranormais. 

Ainda na subida é possível ver a Cordillera de Talamanca com um dos principais picos da Costa Rica, o Cerro Chirripó com 3.820m. 

Mais ou menos no meio do caminho

Chegando no Parque Nacional Volcan Irazú é necessário pagar uma taxa de $10 para entrar e dali é só mais uma pequena subida até chegar na área destinada ao estacionamento. Do estacionamento até as crateras é uma micro-caminhada. A primeira cratera a se ver é a Playa Hermosa que parece mais um campo com grama do que uma cratera de um vulcão. 

Dentro da cratera Playa Hermosa

A segura cratera a se ver é a Diego de la Haya e essa de fato já se parece um pouco mais com uma cratera de vulcão (talvez pelo fato que eu não podia ir até lá e sentar no chão).  

Cratera Diego de la Haya

A última é a cratera principal e de todas as que vimos é a que mais parece com um vulcão. Acho que isso se deve ao fato dela se chamar Main Crater (derr!) e que de cima não é possível ver o fim da cratera. 

Main Crater

Achei bem interessante, especialmente considerando que essa foi só uma parte do passeio. Quebrei todas as minhas ilusões do que seria um vulcão mas no fim acho que a realidade é ainda mais interessante e me deixou mais curiosa ainda sobre vulcões de uma forma geral. Secretamente eu esperava que o vulcão fosse ter alguma atividade enquanto eu estivesse lá (mas no fundo não, claro!) só para ver como é de verdade. 





domingo, 9 de março de 2014

Jogo: Costa Rica x Paraguai

Eu não sou a maior fã de esportes geralmente, mas eu gosto muito de ir em jogos "aleatórios" por diversão. Eu sei que não faz tanto sentido mas, eu gosto. Semana passada foi a vez de Costa Rica x Paraguai (foi a primeira vez que vi um jogo de seleção, e nem foi do Brasil), o último jogo da seleção da Costa Rica antes da Copa do Mundo no Brasil. 

Por esse motivo, provavelmente, só se falava em Brasil. Até o prefeito de Santos, cidade em que a seleção da Costa Rica irá se preparar, esteve presente. Passaram propagandas de Santos, e embora eu nunca tenha visitado Santos, nenhuma parecia mostrar bem a realidade. Vai saber... quem sabe Santos é aquilo tudo mesmo.

Pois bem, filmei um pouquinho antes do jogo (até a bateria do meu celular acabar) para mostrar como foi. No começo parece bem vazio pois as primeiras filmagens são de quase 1h antes do jogo, depois ficou bem mais cheio o estágio.


Ps: Assim como no jogo dos 49ers, o time que eu estava torcendo ganhou! Costa Rica 2 x 1 Paraguai. Naturalmente perdi a maior parte do primeiro gol (dizem que foi o melhor) pois tinha um jogador caído no chão sofrendo e eu estava com dó pois ninguém foi ajudar. Boa. 


Série de Vídeos: Mestrado Erasmus

Como estou de férias no Brasil, resolvi usar o tempo livre para gravar alguns vídeos sobre a minha experiência deste primeiro ano no Erasmu...